cinema indígena do MS cresce com a Política Aldir Blanc

Do Pantanal às telas: cinema indígena do MS cresce com a Política Aldir Blanc

Índice de Conteúdo
  1. Cinema indígena do Mato Grosso do Sul ganha força e visibilidade com apoio da Política Nacional Aldir Blanc
  2. Mapago: a força das mulheres Guató nas periferias urbanas
  3. Hendy’a Rapykwere: juventude, espiritualidade e luta LGBTQIAPN+
  4. A importância da Aldir Blanc para o cinema indígena
  5. Por que isso importa para quem viaja pelo Brasil?

Resumo:

  • Dois novos curtas indígenas do MS ganham visibilidade graças à Política Nacional Aldir Blanc.
  • “Mapago” e “Hendy’a Rapykwere” retratam o cotidiano urbano indígena, ancestralidade e juventudes LGBTQIAPN+.
  • Produções reforçam o protagonismo indígena no audiovisual e ampliam narrativas sobre o Brasil real.

Cinema indígena do Mato Grosso do Sul ganha força e visibilidade com apoio da Política Nacional Aldir Blanc

A produção audiovisual indígena vive um dos momentos mais potentes da sua história — e parte dessa virada acontece no Mato Grosso do Sul.

Graças ao fortalecimento das políticas públicas de cultura, especialmente a Política Nacional Aldir Blanc, dois novos curtas-metragens estão em fase final de produção e prometem ampliar o olhar do Brasil sobre as narrativas originárias, suas realidades urbanas e suas juventudes LGBTQIAPN+.

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Os filmes “Mapago” e “Hendy’a Rapykwere” não apenas apresentam novas histórias, mas reafirmam a presença indígena no cinema brasileiro, valorizando a representatividade e a autonomia criativa de quem vive, sente e narra essas vivências.

Para viajantes que exploram o Brasil em busca de cultura, diversidade e experiências autênticas, esse movimento marca um novo capítulo da arte indígena no país — e reforça a importância de apoiar iniciativas que ampliam vozes e preservam identidades.

Mapago: a força das mulheres Guató nas periferias urbanas

Mapago”, que significa onça-pintada na língua Guató, é um curta que mergulha na rotina de mulheres indígenas que vivem na periferia de Campo Grande — a capital brasileira com maior população indígena.

Liderado pela produtora executiva e roteirista Gleycielli Nonato Guató e dirigido por Marcus Teles, o filme nasceu da necessidade de retratar a ancestralidade que segue viva mesmo longe dos territórios tradicionais:

“O indígena não é indígena apenas na mata. Não vamos folclorizar. Essa é a nossa realidade e ela precisa ser mostrada”, reforça Gleycielli.

O projeto, enraizado em histórias da própria família da autora, apresenta personagens que vivem o cotidiano urbano, conciliando diferentes expressões culturais — como a mãe evangélica e a filha funkeira — sem jamais perder o elo com a força de Mapago, que simboliza resistência e identidade.

A atriz e cantora Serena MC, Guató e artista periférica, leva sua própria vivência para o papel:

“É uma obra, mas também um alerta. Se não formos reconhecidos, o apagamento pode causar a nossa extinção.”

Financiamento: O filme recebeu R$ 100 mil por meio de edital estadual da Política Nacional Aldir Blanc — um recurso fundamental para garantir estrutura, equipe e autonomia criativa indígena.

Hendy’a Rapykwere: juventude, espiritualidade e luta LGBTQIAPN+

Com elenco 100% indígena, o curta “Hendy’a Rapykwere”, também dirigido por Marcus Teles, mistura ficção, documentário e realismo fantástico para acompanhar a trajetória de Gualoy KG, jovem liderança Guarani Kaiowá de 20 anos, referência na luta pela diversidade sexual e de gênero.

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Produzido por Michele Kaiowá, o filme aborda espiritualidade, retomada identitária e os desafios da juventude LGBTQIAPN+ em territórios indígenas — narrados por quem vive essa realidade:

“Somente quem é da etnia vai apresentar essa verdade. A filmagem é nossa luta; a câmera é nosso arco e flecha”, explica Michele.

As gravações aconteceram em territórios de retomada em Douradina e na aldeia Jaguapiru, em Dourados, considerada a maior aldeia urbana do país.

Assim como “Mapago”, o curta recebeu R$ 100 mil da Política Nacional Aldir Blanc.

cinema indígena do MS cresce com a Política Aldir Blanc
Cinema indígena / Fonte: Ministério da Cultura

A importância da Aldir Blanc para o cinema indígena

Política Nacional Aldir Blanc tem garantido, de forma contínua, o acesso de realizadores indígenas a editais e estruturas de produção antes quase inacessíveis.

A secretária do Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, destaca o impacto direto:

“Quando esses filmes chegam ao público, ampliamos a visibilidade e a compreensão da potência criativa indígena. São narrativas que representam o Brasil real.”

Além disso, a política tem fortalecido aspectos técnicos, como equipamentos, formação e logística, conforme explica o assistente de som Luan Iturve, que atuou em ambas as produções:

“A Aldir Blanc garantiu estrutura técnica e também a narrativa do olhar indígena. É uma política pública que inclui produtores indígenas no audiovisual.”

Por que isso importa para quem viaja pelo Brasil?

Para viajantes interessados em cultura, identidade e diversidade, o cinema indígena:

  • Amplia o entendimento sobre os territórios visitados, suas histórias e seus povos.
  • Promove respeito e consciência cultural, fundamentais para um turismo responsável.
  • Conecta visitantes às narrativas reais, além dos estereótipos tradicionais do turismo.

E com a BlaBlaCar — seja de ônibus ou caronas — é fácil explorar cidades como Campo GrandeDourados e Coxim, que aparecem nas histórias desses filmes e oferecem experiências riquíssimas de cultura e ancestralidade.

Fonte: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/cinema-indigena-do-mato-grosso-do-sul-ganha-visibilidade-com-a-politica-nacional-aldir-blanc

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Isabella Calvano

Isabella Calvano

Wanderlust em pessoa! Amo explorar o mundo, conhecer novas pessoas e compartilhar dicas para inspirar quem também quer viver suas próprias aventuras viajando! ✨

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