Viagem de 3 dias em Ilha Grande: praias, trilhas passeios de barco!

Resumo:

• 3 dias em Ilha Grande com praias, trilhas leves, passeios de lancha e noites animadas no centrinho do Abraão.
• Destaques da viagem: Lopes Mendes, Lagoa Azul/Lagoa Verde, Gruta do Acaí e almoço incrível no restaurante Mandala em Japariz.
• Roteiro econômico com carona BlaBlaCar, lancha rápida e hospedagem no Abraão, totalizando cerca de R$ 1.560 na viagem.

Minha viagem de 3 dias em Ilha Grande: praias, trilhas e o melhor da vila do Abraão

Ilha Grande sempre esteve na minha lista de destinos perfeitos para uma escapada rápida, e finalmente aproveitei um fim de semana prolongado por causa do feriado — de 20 a 23 de novembro — para viajar.

Saí do Rio de Janeiro buscando exatamente o que a ilha oferece de melhor: praias lindas, trilhas leves, paz, mar transparente e aquela atmosfera descontraída que só o Abraão tem.

Como cheguei na Ilha Grande

A logística foi simples e econômica: peguei uma carona com a BlaBlaCar até Conceição de Jacareí (R$ 45 na ida e R$ 50 na volta), e de lá subi na lancha rápida para o Abraão, um trajeto de 25 minutos custando R$ 110 ida e volta.

Para mim valeu super a pena pegar uma carona porque é mais rápido e mais barato que ir de ônibus. E para economizar ainda mais na passagem de barco, é possível viajar pra Angra dos Reis e, de lá, pegar uma barca pra Ilha Grande, que normalmente custa em torno de R$ 20 (mas a viagem é mais longa, cerca de 1h10-1h30).

Rotas de carona para Angra dos Reis e Mangaratiba

Cheguei cedo, ainda com bastante luz do dia, o que ajuda a entrar no clima mais devagar, já sentindo aquele ar fresco que anuncia que a viagem finalmente começou.

Hospedagem no Abraão: casa inteira, liberdade total

Fiquei em um Airbnb pertinho do centrinho, o que fez toda a diferença: conseguíamos fazer tudo a pé, sem pressa nem preocupação com deslocamentos.

A casa inteira ficou por R$ 588 por pessoa para os três dias, um valor que compensou pela liberdade de cozinhar algumas refeições e dividir o espaço entre amigos.

Mas fica um ponto importante: para viagens curtas, talvez valha mais escolher uma pousada com café da manhã.

Percebi que, de tão empolgado com o ritmo da ilha, acabei passando menos tempo em casa do que imaginava — e poder sair já alimentado ajuda bastante na otimização do dia.

Ainda assim, o Airbnb foi ótimo para descansar, deixar as coisas espalhadas e ter privacidade.

Dia 1 — Chegada à Vila do Abraão e passeio nas praias próximas

Depois de deixar as mochilas e dar aquela ajeitada rápida no quarto, partimos para um passeio tranquilo pelo centro da vila.

O Abraão tem aquele charme rústico que conquista rápido: ruas estreitas, lojinhas fofas, barquinhos atracados no píer e uma vibe muito acolhedora de “todo mundo chega e imediatamente desacelera”.

Caminhando sem rumo, chegamos até a Praia Preta, uma das mais próximas do centro. O nome vem da areia mais escura, cheia de minérios, que contrasta lindamente com a água transparente e as pedras arredondadas. É uma ótima pedida para o primeiro mergulho: água gostosa, visual bonito e fácil acesso.

Depois seguimos para a prainha do Abraão, menor e super tranquila, onde ficamos um tempo sentados olhando o vai e vem das lanchas.

Foi aquele tipo de tarde sem planejamento, só curtindo o momento e deixando a viagem começar no ritmo certo.

Para o almoço, paramos no Boteco da Serra (cerca de R$ 45), mas confesso que não gostei muito da experiência — comida simples demais e sem sabor marcante. Nada grave, mas não repetiria.

Já à noite, a história foi outra: fomos para a Casa da Pizza, onde pedimos duas pizzas grandes para dividir. Saiu R$ 83 por pessoa, com massa saborosa, bom atendimento e aquele clima informal que combina com a ilha. Uma refeição honesta e perfeita para fechar o primeiro dia.

Dia 2 — O clássico passeio para Lopes Mendes

Acordamos cedo, tomamos café em casa e partimos para o passeio que praticamente define qualquer viagem a Ilha Grande: Lopes Mendes. Pegamos a lancha (R$ 100) rumo à Praia de Palmas, fazendo uma parada rápida, e seguimos para a Praia do Pouso, onde começa a trilha.

A trilha Pouso → Lopes Mendes dura cerca de 30 minutos. É tranquila, bem marcada, sombreada e com subidas leves. Chegar ao final dela é sempre uma experiência impactante: a praia se abre num clarão de areia branca e finíssima, com água turquesa e ondas constantes, perfeita para quem gosta de mar mais mexido.

Passei um bom tempo caminhando pela faixa de areia, mergulhando e tirando fotos. Não há quiosques em Lopes Mendes — o que preserva a paisagem, mas exige planejamento.

A praia mais estruturada da rota é Palmas, com restaurantes e boa infraestrutura. Já em Pouso há uma vendinha com bebidas e snacks e até um restaurante flutuante. Nós optamos por não comer durante o passeio, e funcionou bem.

Voltamos ao Abraão no final da tarde e descansamos um pouco antes de sair à noite. Jantamos em casa e depois seguimos para uma sequência super típica da ilha: começamos com forró na Praia da Júlia e terminamos na baladinha do Che Lagarto Hostel, que custa apenas R$ 10 e tem uma energia contagiante. Música boa, gente animada, preço justo — valeu completamente.

Dia 3 — Gruta do Acaiá, Lagoa Azul, Lagoa Verde e almoço em Japariz

O terceiro dia acabou sendo o mais marcante da viagem. Fechamos um passeio completo de barco por R$ 180, com direito à visita à famosa Gruta do Acaiá, que fica dentro de uma propriedade particular.

A entrada é paga na hora (Pix R$ 37, cartão R$ 40), mas vale muito: a gruta tem aquela iluminação natural azulada que deixa tudo com cara de fantasia — pra quem conhece a série H2O Meninas Sereias, é bem essa vibe!

Depois seguimos para algumas das paradas mais famosas da região:

• Lagoa Azul — perfeita para snorkel
• Lagoa Verde — tons esverdeados, água absurdamente transparente (vimos estrelas do mar!)
• Aripeba — uma das mais tranquilas do passeio
• Japariz — parada para almoço

E foi em Japariz que tivemos a melhor experiência gastronômica da viagem: o restaurante Mandala. Por cerca de R$ 110 por pessoa (dependendo da escolha), comemos porções enormes, super saborosas e muito bem servidas, daquelas que realmente impressionam.

Depois de tantos passeios, nada como sentar, comer bem e admirar a vista da praia.

Voltamos ao Abraão no final da tarde e aproveitamos para passear sem pressa pela feirinha de artesanato e doces, que acontece no centrinho.

Encerramos a noite com mais um forró na praça principal — desses bem ao ar livre, com clima leve e festivo.

Quanto gastei na viagem na minha viagem pra Ilha Grande

Minhas dicas para quem vai a Ilha Grande

• Pegue a lancha pela manhã (entre 8h e 11h): o mar costuma estar mais calmo.
• Para comer bem e barato, fuja da orla; explore ruas internas do centrinho.
• Evite restaurantes muito turísticos sem avaliação. A ilha tem muita opção boa escondida.
• Melhor praia: Lopes Mendes — sem discussão.
• Melhor passeio: Gruta do Acaiá + Lagoa Azul + Lagoa Verde, a combinação mais completa.

Valeu a pena 3 dias em Ilha Grande? Eu voltaria?

Muito! Mas, sinceramente: 3 dias é pouco. Ilha Grande é enorme e cheia de lugares diferentes entre si. Ainda quero conhecer Aventureiro, Dois Rios, Caxadaço, Volta completa à Ilha e o Pico do Papagaio.

A ilha correspondeu totalmente às minhas expectativas e ainda deixou aquele gostinho de “preciso voltar logo”.

Se você está pensando em ir, vá. É uma das viagens mais completas e revigorantes perto do Rio — ainda mais se você combinar com uma carona BlaBlaCar para economizar e chegar rápido.